Você contratou um designer, investiu em um layout moderno, o site ficou lindo. Tudo redondinho, cores alinhadas, responsivo no celular. Mas… ninguém acessa. O tráfego orgânico é quase zero. As pessoas não interagem. A sensação é de que o site está no ar só pra cumprir tabela.
Se você se identificou, saiba que esse é um erro mais comum do que parece: achar que só beleza vende. E não vende. Pelo menos, não sozinha.
Design não é fim, é meio
O visual é importante, claro. Um site feio, mal diagramado e com fontes desatualizadas afasta o usuário. Mas o contrário também é verdadeiro: um site bonito, mas sem conteúdo estratégico, vira um portfólio bonito no deserto.
Design é uma ferramenta pra comunicar algo. Quando você usa essa ferramenta apenas pra “embelezar”, sem uma estrutura pensada pra atrair, envolver e conduzir o usuário, você acaba construindo um site que só você e seu designer acham incrível.
O que falta, então?
A resposta geralmente está na tríade que pouca gente considera:
- Estratégia de conteúdo
- Arquitetura da informação
- SEO técnico
Vamos falar disso com calma.
Estratégia de conteúdo: beleza com cérebro
Você pode ter o site mais bonito do mundo, mas se ele não responde perguntas reais do seu público, você não aparece nas buscas, nem se conecta com quem precisa de você.
É aí que entra o conteúdo. Não estamos falando só de textos longos, mas de textos com propósito: cada página do seu site deveria responder a uma dúvida, resolver um problema ou guiar o usuário a uma ação específica.
Você já pensou, por exemplo, quais perguntas seu cliente digita no Google antes de te encontrar? Esse é o conteúdo que você deveria estar produzindo.
Arquitetura da informação: guie, não esconda
Outro erro comum é entulhar o menu com opções ou esconder informações importantes atrás de cinco cliques. A arquitetura da informação resolve isso.
Ela organiza o conteúdo pra que o usuário encontre o que precisa com o mínimo de esforço. Parece simples, mas isso exige pensar como o usuário e não como o dono do site.
Você pode achar que sua metodologia é o ponto mais importante, mas seu cliente quer saber primeiro como você resolve o problema dele.
SEO técnico: bonito sim, mas também rápido e rastreável
Não adianta o site ser lindo se ele demora 6 segundos pra carregar. O usuário sai. O Google penaliza. O tráfego morre.
Imagens pesadas, código mal otimizado, falta de heading tags, ausência de descrição nas imagens, má configuração dos títulos e meta-descrições — tudo isso impacta diretamente no seu ranqueamento. E a maioria dos sites bonitos que chegam até mim… estão cheios desses problemas.
Pra resolver, você precisa de:
- Imagens otimizadas (WebP é o mínimo hoje em dia)
- Uso correto de H1, H2, H3
- Conteúdo que responda à intenção de busca
- Títulos e metas pensadas para cliques (CTR)
- Boa performance no Core Web Vitals
Conclusão: design é a embalagem. Mas e o conteúdo?
Seu site pode até encantar visualmente, mas o que vai gerar resultado é a combinação entre forma e função. O design certo atrai, mas o conteúdo certo converte. A estrutura certa retém. E a performance técnica garante que tudo isso seja encontrado e usado.
Portanto, antes de achar que o site precisa “de um retoque visual”, talvez você precise primeiro entender como ele está servindo ao seu negócio. A resposta pode não estar na estética, e sim na estratégia.