Você abre o site de uma empresa, em pleno 2025, e parece que voltou no tempo: layout engessado, menu com sombra azul neon, botão vermelho piscando, texto centralizado em Comic Sans e… autoplay com música. Sim, ainda tem isso por aí.
Mas como isso ainda acontece?
Essa é uma provocação necessária — e um convite pra repensar o que significa ter presença digital de verdade.
1. Sites velhos não são o problema. Sites mal pensados, sim.
Vamos deixar uma coisa clara: não é sobre “idade”. Tem site antigo que é funcional, rápido, bem feito e que continua gerando resultado porque foi construído com estratégia. O problema é que muita gente construiu site como se estivesse fazendo um panfleto digital. E parou aí.
O site virou uma página estática, sem atualização, sem adaptação a novos contextos, sem considerar a experiência de quem navega.
A questão é: o que você espera que seu site faça hoje?
Se sua resposta é “estar no ar”, temos um problema.
2. O usuário evoluiu. Seu site também precisa.
Hoje o comportamento digital é totalmente diferente de 5 anos atrás. As pessoas usam o celular como primeira tela. Estão acostumadas com usabilidade fluida, respostas rápidas e interfaces claras. E você ainda acha que é aceitável colocar tudo no menu porque “é mais completo assim”?
Spoiler: mais completo, nesse caso, significa mais confuso.
Um bom site em 2025 precisa entender que:
- Tempo é escasso.
- Atenção é moeda.
- Facilidade vence.
Se o seu site exige esforço pra navegar, ele perde.
3. Ainda tem profissional entregando site como se fosse 2010.
E aqui vem um ponto delicado. Muita gente ainda está contratando “quem faz site” e não quem resolve o problema com um site.
Fazer um site é fácil. Um tema pronto, uns plugins, uns textos genéricos e tá no ar. Mas será que isso funciona?
Quando o site é tratado como produto de prateleira, o resultado é o que a gente vê por aí: empresas com potencial real que parecem amadoras só por causa da forma como se apresentam digitalmente.
O problema nem sempre é o cliente. Muitas vezes, é o profissional que parou no tempo.
4. “Ah, mas ninguém acessa meu site mesmo…”
Essa frase é comum. E normalmente ela é consequência, não causa.
Ninguém acessa porque:
- O site é lento
- Não tem conteúdo relevante
- Não aparece no Google
- Não está integrado à comunicação da empresa
Um site sem tráfego é um sintoma de ausência de estratégia. E não dá pra cobrar resultado de algo que nunca foi planejado pra dar resultado.
5. O que fazer pra sair desse limbo digital
Você pode ter um site simples, mas funcional. Bonito, mas leve. Com design atual, mas acessível. Com conteúdo enxuto, mas valioso.
E isso começa por:
- Entender a intenção do seu público
- Escrever conteúdos que respondam dúvidas reais
- Atualizar o visual e a estrutura com foco em experiência
- Otimizar tecnicamente (velocidade, SEO, acessibilidade)
Não é sobre fazer mais. É sobre fazer certo.
Conclusão
Seu site não pode mais ser um cartão de visitas online. Ele precisa ser um canal ativo da sua comunicação. Precisa vender, captar, informar, educar — seja com um blog bem estruturado, com conteúdos que falam com gente de verdade.
Não importa o tamanho da sua empresa ou o seu nicho. O que importa é mostrar que você está no presente — e que se importa com quem está do outro lado da tela.